10 fatos que você precisa saber sobre a cirurgia bariátrica

abr 4, 2024

Aprenda mais sobre uma das cirurgias mais realizadas do país

São Paulo, Junho de 2018O número de intervenções realizadas por meio de cirurgias de redução de estômago cresceu consideravelmente nos últimos 10 anos no Brasil. De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), a tendência é que esse número aumente cada vez mais. Em conjunto ao crescimento das cirurgias, também deve ser expandido o alcance de informações sobre a intervenção.

Dr. Luiz Vicente Berti, cirurgião bariátrico e um dos principais especialistas do país, alerta que por mais que seja um procedimento notoriamente seguro é necessário estudar suas condições antes de realizá-lo. O médico faz alguns alertas a quem deseja fazer a gastroplastia. Veja:

  1. A cirurgia bariátrica não é feita exclusivamente para fins estéticos. Apesar de alterar a aparência física do paciente, esse não é o motivo pelo qual a intervenção é procurada. Através do emagrecimento, a redução do estômago resulta em melhorias na saúde e qualidade de vida. Por isso consulte sempre um profissional especializado.
  2. Não é qualquer pessoa que pode se submeter à cirurgia. Existem pré-requisitos que o paciente deve seguir para poder ser operado. Alguns exemplos:

– Ser maior de 18 anos (ou 16 anos em casos específicos);

– Realizar avaliações clínicas e exames pré-operatórios;

– Apresentar um histórico de dificuldade em perda de peso;

– Apresentar o índice de massa corporal (IMC) acima de 40 kg/m² ou      35 kg/m² se houver problemas de saúde relacionados ao excesso de peso como diabetes, colesterol, esteatose hepática etc.

  1. Existem vários métodos diferentes para realizar a intervenção. A conduta feita pela banda gástrica é considerada a mais simples e menos invasiva, porém seu resultado não é tão considerável quanto aqueles realizados por outros meios. A gastrectomia vertical remove uma parte do estômago do paciente, diminuindo a quantidade de comida armazenada no estômago. Assim, o paciente consegue eliminar até 30% do seu peso inicial. A cirurgia do bypass gástrico, por sua vez, além de reduzir o estômago, cria um desvio no intestino do paciente, possibilitando a perda de até 40 % do peso do operado.
  1. Acompanhamento psicológico é indicado no período pós-operatório. Um profissional da psicologia pode ajudar o paciente a fim de deixar a recuperação mais tranquila. Além de se adaptar com sua nova fisionomia, o operado precisa de ajuda para lidar com as dificuldades pós-operatórias e com as restrições alimentares.

 

  1. Os pacientes deverão ser orientados por nutricionistas pelo resto da vida. Aqueles que se submeteram à redução de estômago devem procurar e, principalmente, seguir orientações nutricionais para a elaboração de uma dieta que mantenha os benefícios da operação. Reposições vitamínicas são regularmente indicadas no processo pós-operatório, em especial o uso de ferro de alta absorção.

 

  1. Cirurgias estéticas são ocasionalmente necessárias. Em pacientes em que a perda de peso foi muito grande, é provável que a operação resulte em excesso de pele. Em todo caso, cirurgias de retirada de pele poderão ser feitas após o peso estar totalmente estabilizado, ou seja, aproximadamente dois anos depois da redução.

 

  1. É possível que o paciente engorde novamente após a cirurgia. A cirurgia é apenas uma parte do tratamento de mudança de vida através do emagrecimento. O paciente deve seguir rigorosamente as indicações médicas por toda a vida, a fim de manter o resultado a longo prazo.

 

  1. É necessário que mulheres esperem 24 meses após a cirurgia para engravidar. Depois de aproximadamente dois anos da cirurgia, o organismo está equilibrado para suportar as necessidades de um bebê. De qualquer forma, é importante que a grávida receba atendimento médico durante toda a gestação para verificar uma possível carência de vitaminas na criança.

 

  1. O paciente não deve ingerir alimentos sólidos durante um mês após o procedimento. Nas primeiras semanas, o paciente deve alimentar-se de alimentos líquidos e pastosos, podendo voltar à dieta sólida após o trigésimo dia de pós-operatório. A dieta deve ser feita em conjunto com a ingestão de vitaminas, para que, por exemplo, não ocorram complicações devido à falta de nutrientes, como anemia e queda de cabelo.

 

  1. A colelitíase pós-cirurgia bariátrica, doença popularmente conhecida como pedras na vesícula, acomete 36% dos pacientes recém-operados. De acordo com o cirurgião bariátrico Dr. Luiz Vicente Berti, a doença se dá por cálculos biliares ocasionados pela rápida perda de peso ou por dietas com baixa caloria. Para evitar a colelitíase, os pacientes devem se informar com seus médicos sobre como reduzir o risco de formação de cálculo biliar após a redução de estômago.

Para finalizar, Dr. Berti alerta que a cirurgia bariátrica, assim como qualquer outra cirurgia, traz riscos especialmente àqueles que não seguem as recomendações médicas à risca. Por mais que seja uma intervenção invasiva, é um meio seguro e garantido de atingir o emagrecimento, ao contrário de diversos métodos de perda de peso que são popularizados hoje em dia

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