São Paulo, abril de 2022 – A inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 1,62% em março, após alta de 1,01% um mês antes. É o maior resultado para o mês desde 1994. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Inclusive, o Mestre em Economia e Estrategista-Chefe da VLGI, Leonardo Milane, analisa hoje uma das principais notícias que movimentou o mercado financeiro. O especialista analisa essa alta e o impacto que poderá trazer ao cenário econômico em toda a população.
Análise sobre o IPCA
A inflação do consumidor veio muito acima de qualquer expectativa devido ao impacto da guerra da ucrânia nos combustíveis e, consequentemente, nos alimentos. Esse impacto afeta toda a cadeia de suprimentos e pode levar a manutenção de um IPCA elevado por mais tempo, o que pode gerar mais pressão nos juros e aumentos posteriores além da próxima reunião em que o COPOM (Comitê de Política Monetária) se mostrou disposto a aumentar a taxa de juros em 100 pontos (1%) e encerrar o ciclo de alta.
Contudo, a normalização das expectativas no mercado de commodities já trouxe uma queda relevante para os preços de petróleo levando a Petrobrás a reduzir o preço do gás de cozinha a partir de hoje (08/04) o que pode diminuir a pressão inflacionária para os próximos períodos.
De qualquer forma, fundos imobiliários passarão a ser um excelente investimento a partir do momento em que haja a normalização e início de uma queda na curva do IPCA, pois isso, levará o juro futuro para baixo e tornará o investimento em FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) e renda fixa pré-fixada mais atrativo.
*Leonardo Milane é Mestre em Economia e Finanças pela FGV, Professor na FIA e Sócio da VLG Investimentos