São Paulo, maio de 2022 – Mais de cinco mil pessoas perderam a vida nos últimos 20 anos por causa de LGBTIfobia, como aponta um levantamento do observatório de Mortes Violentas de LGBTI+. Apenas em 2021, 300 pessoas foram mortas de forma violenta em decorrência do preconceito. No Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, comemorado em 17 de maio, a biofarmacêutica Gilead Sciences ressalta a importância de empresas apoiarem a causa como forma combater o preconceito e marginalização de pessoas LGBTI+.
Tendo a inclusão e diversidade como um dos seus valores, a Gilead Sciences Brasil tem desenvolvido diversas iniciativas para acolher a população. Um exemplo foi o apoio à 1ª Mostra de Arte Trans Preta, realizada pela ONG Casarão Brasil. O evento teve como objetivo aumentar a inclusão cultural e artística da população paulista trans e preta e mostrar que falar desse grupo não precisa ser um assunto exclusivamente ligado à adversidade.
“Levamos exibições de música, performances e poesia, ações de resistência, cidadania, conquista de espaços e luta contra preconceitos, racismo e LGBTI+ fobia. É muito difícil um apoio para a pauta LGBTI vindo de uma empresa tão grande. Quando temos empresas que estão realmente engajadas com a causa, isso fortalece o nosso trabalho. Só temos encontrado muito carinho e parceria dentro da Gilead nessa luta”, afirma o coordenador do projeto e presidente do Casarão Brasil, Rogério de Oliveira.
Foco na população trans
A Gilead também criou o programa de capacitação interna Transmutando Vidas, que tem como objetivo informar os colaboradores sobre os desafios de inserção da população trans da sociedade, desde questões sociais, familiares e de saúde até à falta de apoio legal e o estigma enfrentado.
“Trouxemos várias vozes da comunidade LGBTI+ para sensibilização dos colaboradores da Gilead e naturalização do olhar, principalmente no sentido de descontruir preconceitos e estigmas. Pretendemos oferecer em primeiro lugar conhecimento, criar um ambiente confortável e de inclusão e, em seguida, oportunidades de emprego e geração de renda”, esclarece Marília Casseb, diretora de Assuntos Externos da Gilead Brasil.
As consultoras e ativistas Jacqueline Côrtes e Keila Simpson lideraram rodas de conversa e aulas para ajudar a transformar a percepção dos colaboradores em relação às pessoas trans, de forma a serem mais inclusivos. “Quanto mais diversidade de pessoas tivermos, teremos também menos preconceito e mais naturalização da convivência. Para mim, é gratificante e estimulante ver uma empresa do setor privado do porte da Gilead preocupada com a população trans. É uma esperança que as coisas podem mudar e que estamos no caminho certo”, comenta Jacqueline Côrtes.
Keila Simpson complementa que a iniciativa privada precisa de outras ações parecidas, mas que o mundo corporativo tem buscado formas de incluir a população LGBTQIA+. “Nem sempre as pessoas querem sair da sua zona de conforto ou se afetam com essas questões, mas desde que a gente começou notei que a Gilead realmente estava empenhada em desenvolver algo que fosse ficar para a história e não meramente passageiro. É importante ter essa abertura de espaço, e manter essa temática sempre em evidência”, observa.
Perspectivas
E o interesse da empresa pela diversidade e a população LGBTI+ não é recente. A empresa tem no seu portfólio medicamentos voltados para o tratamento do vírus HIV, que impacta majoritariamente a população trans e LGBTI+. Para o diretor geral da Gilead Brasil, Christian Schneider trabalhar a diversidade de forma interna é uma forma de preparar a empresa para futuramente ter posições de trabalho focadas nessa população.
“Queremos que as pessoas LGBTI+ sejam respeitadas e que possam transitar em qualquer ambiente como qualquer um de nós, sem que sejam questionadas ou constrangidas. É um tema transversal que atravessa diversas áreas e queremos aos poucos quebrar os paradigmas internos e sermos capazes de construir um ambiente de acolhimento”, ressalta.
Sobre a Gilead
A Gilead Sciences é uma biofarmacêutica dedicada à pesquisa, desenvolvimento e comercialização de terapias inovadoras para prevenção, tratamento e cura de doenças potencialmente fatais, como HIV/Aids, hepatites virais, entre outras. Presente no Brasil desde 2013 com sede em São Paulo, a Gilead possui operações em mais de 35 países, com matriz em Foster City, Califórnia, nos Estados Unidos.
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