Julho Amarelo: Mais de 1.5 milhão de brasileiros sofrem de hepatites virais sem saber

abr 4, 2024

São Paulo, julho de 2022 – Mais de 1.5 milhão de brasileiros foram infectados com hepatites virais, mas desconhecem ser portadores da doença, de acordo com o Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig). O fato de a condição apresentar poucos sintomas é um dos seus grandes perigos. Em 20 anos, o Ministério da Saúde realizou pouco mais de 510 mil diagnósticos de hepatites B ou C. Por conta das dificuldades de detecção da doença, o governo instituiu o Julho Amarelo para promover ações de conscientização, testagem e diagnóstico voltadas para as hepatites virais. 

 

Em celebração ao nascimento do cientista Baruch Blumberg, que descobriu o vírus da hepatite B, a data 28 de julho foi escolhida como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais posteriormente se expandindo para o mês inteiro. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus B e C, que podem levar a complicações como doença hepática crônica, cirrose hepática e câncer. 

 

As hepatites virais são, na maioria das vezes, doenças de natureza silenciosa, que se caracterizam por um processo inflamatório persistente no fígado sem que o paciente apresente sintomas. Aproximadamente 60% a 85% dos casos de hepatite C se tornam crônicos e, em média, 20% evoluem para cirrose ao longo do tempo. Gerente médica sênior da Gilead Sciences Brasil, Isabela Dutra aponta que esse é um dos grandes desafios para o tratamento, já que aumenta a dificuldade em diagnosticar os pacientes.    

 

“Precisamos levar informações para a população porque quando falamos para as pessoas se testarem para as hepatites virais, muitas vezes elas sentem que não estão em risco por não sentirem nada. Mas, se pararmos para refletir, todo mundo já foi exposto à alguma situação em que poderia ter sido contaminado, desde fazer as unhas até ir ao dentista. Essa necessidade se torna ainda mais crítica para pessoas acima dos 40 anos”, explica.  

   

Além disso, a médica ressalta que a pandemia do coronavírus trouxe alguns agravantes para as doenças hepáticas. “Um exemplo é o aumento do consumo de álcool pela população. Então, aqueles que já têm uma doença hepática vão ter um impacto desfavorável na evolução da sua doença. É muito importante que a gente consiga identificar o vírus antes que o paciente tenha uma complicação avançada como cirrose ou câncer de fígado”, alerta a gerente médica da Gilead.  

 

De 2000 a 2019, 78 mil pessoas morreram no Brasil por complicações decorrentes de hepatites virais, segundo o Ministérios da Saúde. As hepatites virais B e C são as mais prevalentes e afetam 325 milhões de pessoas no mundo, causando 1,4 milhão mortes por ano. A Organização Mundial da Saúde indica que as hepatites virais são a segunda maior causa de morte entre as doenças infecciosas depois da tuberculose, tendo uma infecção 9 vezes maior do que as registradas pelo vírus HIV.  

 

Presidente do Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig), Isaac Altikes reforça que o Brasil é um dos países que aderiu a proposta da Organização Mundial de Saúde para diminuir novos casos de infecção pelo vírus da hepatite C, o HCV, em 90% e a mortalidade em 65% até 2030. “O teste é o ponto crítico, pois o maior desafio hoje no país é a identificação de indivíduos infectados em diferentes regiões, sobretudo devido à característica assintomática da infecção”, afirma.  

 

Sintomas comuns da doença como febre, fraqueza, mal-estar, dor abdominal, perda de apetite e olhos e pele amarelados costumam ocorrer apenas em estágios mais avançados. Isaac alerta que a população em geral, sob maior risco de infecção pelo HCV, tem pouco conhecimento sobre os riscos potenciais da doença e a baixa aderência a testagem voluntária. 

 

O tratamento da hepatite C é realizado com o uso dos antivirais de ação direta, distribuídos pelo SUS, com duração entre 8 e 12 semanas e apresenta taxas de cura de mais de 95% para a maior parte dos pacientes.  

 

Sobre a Gilead  

A Gilead Sciences é uma biofarmacêutica dedicada à pesquisa, desenvolvimento e comercialização de terapias inovadoras para prevenção, tratamento e cura de doenças potencialmente fatais, como HIV/Aids, hepatites virais, entre outras. Presente no Brasil desde 2013 com sede em São Paulo, a Gilead possui operações em mais de 35 países, com matriz em Foster City, Califórnia, nos Estados Unidos.     

 

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA  

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