Serviço de background check traz visão abrangente do histórico profissional e reputacional das personalidades do momento para decisão segura de investimento
São Paulo, agosto 2018 – Levantamento recente publicado no site Social Media Today aponta que ações de marketing com influenciadores digitais oferecem um retorno sobre o investimento 11 vezes maior se comparado ao das mídias tradicionais. 94% dos profissionais de marketing que já usaram este recurso endossam sua eficiência e 71% destacam que ter um “embaixador” para a marca é a melhor estratégia nas redes sociais. Mas episódios recentes revelam que no mundo virtual também é preciso cautela antes de vincular a empresa e suas marcas aos formadores de opinião do momento. Nesse contexto, empresas que contratam influenciadores digitais têm recorrido cada vez mais ao chamado background check, ou verificação do histórico profissional e reputacional de indivíduos. O recurso já é frequentemente acessado no meio corporativo para auxiliar em contratações de altos executivos, composições societárias em fusões & aquisições ou ainda na captação de investidores.
“A utilização de personalidades para endossar produtos e serviços sempre foi um expediente usual nas campanhas publicitárias e ações de marketing, mas no caso dos influenciadores digitais, há três fatores que tornam ainda mais relevante o background check”, explica Carlos Lopes, diretor da Kroll no Brasil. “O primeiro é o tremendo alcance que a internet e as redes sociais possibilitam, elevando a um patamar nunca visto o nível de exposição e velocidade da repercussão de qualquer divulgação”, indica. “O segundo é o fato de que o perfil das pessoas que hoje se tornam influenciadoras, momentâneas ou não, é muito heterogêneo”, diz. “Hoje em dia, todo mundo pode ser um influenciador potencial em sua área de atividade, poisestamos falando de cidadãos comuns que se tornam celebridades na internet do dia para a noite e, assim, raramente a trajetória prévia daquela pessoa é de domínio público, como ocorre com um ator ou um jogador de futebol renomado”, exemplifica. Por último, Lopes menciona que é importante considerar que as redes sociais servem como um registro das atividades e da conduta do influenciador. “Acontecimentos controversos do passado, mesmo que sem conexão com as atividades publicitárias atuais da pessoa, podem afetar negativamente a sua reputação e, consequentemente, gerar desgaste para as empresas que o contratam para serviços de marketing.”
Lopes ressalta que o background check realmente eficaz exige uma combinação de determinadas técnicas de investigação profissionais que vão muito além de uma simples busca no Google ou mesmo uma consulta em arquivos de jornais. “No caso da Kroll, nossos especialistas utilizam diferentes metodologias tanto offline quanto online, envolvendo inclusive a dark web e a deep web, obtendo assim uma visão do histórico e da reputação daquele influenciador digital em diversos níveis”, aponta. “ A ideia é realizar um mapeamento abrangente do ponto de vista profissional, familiar, social, jurídico e financeiro, pois fatos isolados às vezes mudam totalmente de conotação quando observados dentro de um contexto maior”, acrescenta o diretor.
Para Carlos Lopes, basear a escolha de um influenciador digital para parcerias de marketing apenas no número de seguidores que ele possui é um risco. “Hoje já sabemos que esse é um dado que pode ser manipulado de várias formas, inclusive uma das maiores companhias de produtos de consumo do mundo, com uma verba de marketing de mais de US$ 8 bilhões, veio a público há pouco tempo afirmar que estava fazendo um trabalho amplo para identificar e romper contratos com influenciadores que compravam seguidores”, informa.
Além disso, ter um ativo digital de milhões de seguidores não garante a qualidade do investimento, explica o diretor da Kroll. Recentemente, grandes companhias dos segmentos financeiro, de bebidas e de roupas esportivas cancelaram às pressas seus contratos de patrocínio a um jovem youtuber depois de ele ter postado, em suas redes sociais, um comentário classificado como racista pela opinião pública. “Nesse caso, um exame um pouco mais apurado nas atividades passadas desse youtuber indicou uma série de outros posts, alguns de anos atrás, que poderiam se encaixar nessa mesma avaliação”, conta Lopes. “A realização de um background check apropriado poderia ter evitado o prejuízo tangível de milhões de dólares e o intangível – e mais precioso – à reputação dessas marcas”, conclui o diretor da Kroll.